POESÍA ESPAÑOLA
Coordinación de AURORA CUEVAS CERVERÓ
(Universidad Complutense de Madrid)
Foto (2010)
DAVID CASTILLO
( Espanha )
David Castillo i Buïls (Barcelona, 1961) é um escritor, poeta e crítico literário, em catalão. Foi professor de cinco anos Universidade Autônoma de Barcelona.
Livros de Poesia: 1993 La muntanya russa; 1994 Tenebra; 1997 Poble Nou flash back; 1998 Game over; 2000 El pont de Mühlberg; 2000 Seguint l'huracà; 2001 Bandera negra. Antología personal; 2001 En tierra de nadie. Poesía 1980-2000; 2005 Menta i altres poemes; 2005 Downtown[5]; 2006 Esquena nua; 2011 Doble zero.
Prêmios e reconhecimentos (por su poesia...)
Fonte: Wikipedia
TEXTOS EM ESPANHOL - TEXTOS EM PORTUGUÊS
BARATARIA Revista de Poesia. Ano 7 Número Doble 14 - 15. Buenos Aires: Fondo Cultura BA, Junio 2005. ISSN 1668-1460
Ex. bibl. de Antonio Miranda
DEL FUEGOS
Me acerco a tu pubis
que es prolongación de la verdad,
más que el de Coubet.
Mientras te miras las tapas de un disco de los Bauhaus
divagas sobre la contemplación,
sobre la verdad que querrías mentira
y la naturaleza se vuelve un yogur agrio.
La niña del segundo primera se pincha heroína en los ojos
o busca las venas detrás de las rodillas.
Ya no escucha los Del Fuegos, que llevaba
retratados en la carpeta de apuntes de la Facultad.
La recordaba jugando sentada en el suelo,
de la ingenuidad infantil al candor adolescente,
sexo fácil en la feria del deseo animal,
princesa sorda que vive en el vacío del rímel.
Los crucifijos de la tienda de imágenes esperan
la oportunidad para acceder a los templos donde
la enviaba su padre,
no en estos conventos del Chino
donde se refugia por un plato caliente,
calles con prostitutas preñadas
de miradas oscuras.
Que el estado de las cosas no te haga decidir;
no pienses, no mires por la ventana,
la tentación siempre es demasiado grande
y te olvidaste de volar.
BARCELONETA FRÍA
La sinceridad se escurre por la llaga que no cicatriza,
gotea por el cuerpo herido como música de discoteca,
repetitiva batería de sintetizador.
El dolor es la vieja montaña rusa
que bascula por la irradiación de tu líquido.
Y la velocidad, el alma y las drogas
se internan por la ciudad hasta una Barcelona fría
donde ya no puedes bañarte desnuda de noche
y que miras de reojo
un poco antes de la felación que te invocará
hacia el gran útero: Roma/amor,
anagrama que da vueltas como los caballitos
de donde nunca hubieses querido salir
cuando ya eras una mujer, pero todavía menuda
como te hubiera deseado siempre.
LA SELVA
Ahora te explicaré lo que sé hacer:
despertaré el león
de la selva,
lo llevaré a la jaula de la pista,
lejos de la selva,
y lo haré saltar entre aros de fuego.
Te miraré con la piel ardiente,
rugiendo como fiera salvaje
de la selva,
y entonces, dirás: "Tengo miedo,
no saques la bestia de la jaula,
no juegues con ella. Es de la selva."
No querrás participar en el espectáculo:
vivirás más pendiente de las garras, de los dientes,
que de la belleza de la furia
de la selva.
JEZABEL
Y cuando desperté noté tu olor, Jezabel,
sin que los perros se hubiesen embriagado
del alcohol de tus pechos magníficos,
que tu llenabas de orgullo y de venganzas
pequeñas como los miserables versos
de Lope a la gran Catalina de Medici,
amor, olor, dolor, beso en la oscuridad.
(los cuatro poemas pertenecen a En tierra de nadie, 1981-2000)
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA
DEL FUEGOS
Me aproximo de tu púbis
que é a prolongação da verdade,
mais que o de Coubet.
Enquanto vês as capas de um disco dos Bauhaus
divagas sobre a contemplação,
sobre a verdade que querias ser mentira
e a natureza toma um iogurte azedo.
A menina do segundo primeira se pincha heroína nos olhos
ou busca as veias detrás dos joelhos.
Já não escuta os Del Fuegos, que levava
retratados na carteira de anotações da Faculdade.
E o recordava jogando sentada no chão,
da ingenuidade infantil à candura adolescente,
sexo fácil na feira do desejo animal,
princesa surda que vive no vazio do rímel.
Os crucifixos da loja de imagens esperam
a oportunidade para chegar aos templos para onde
a enviava seu pai,
não nestes conventos do Chinês
onde se refugia por um prato quente,
ruas com prostitutas grávidas
de miradas escuras.
Que o estado das coisas não te leve a decidir;
não penses, não olhes pela janela,
a tentação sempre é grande demais
e esqueceste de voar.
BARCELONETA* FRIA
A sinceridade escorre pela chaga que não cicatriza,
goteja pelo corpo ferido como música de discoteca,
repetitiva bateria de sintetizador.
A dor é a velha montanha russa
que alterna pela irradiação de teu líquido.
E a velocidade, a alma e as drogas
adentram-se pela cidade até uma Barcelona fria
onde já não podes tomar banho despida de noite
e que olhas de lado
um pouco antes da felação que te evocará
até o grande útero: Roma/amor,
anagrama que dá voltas como os cavalinhos
de onde nunca gostaria de sair
quando já eras uma mulher, mas ainda pequena
como terias desejado sempre.
*La Barceloneta é uma bairro marinheiro do Distrito de Ciutat Vella de Barcelona construído durante o século XVIII e projetado pelo engenheiro Prosper Verboom para acomodar os moradores da bairro de La Ribera que perderam suas casas, pela demolição ordenada por Felipe V para construir Cidadela.
A SELVA
Agora vou te explicar o que sei fazer:
despertarei o leão
da selva,
vou levá-lo à jaula da pista,
longe de a selva,
e o farei saltar entre anéis de fogo.
Vou te olhar com a pele ardente,
rugindo como fera selvagem
da selva,
e então, dirás: "Tenho medo,
no tires a besta da jaula,
não brinques com ela. É da selva."
Não vais querer participar do espetáculo:
viverás mais pendente das garras, dos dentes,
que da beleza da fúria
da selva.
JEZABEL
E quando despertei senti teu cheiro, Jezabel,
sem que os cães estivessem embriagados
com o álcool de teus seios magníficos,
que tu enchias de orgulho e de vinganças
pequenas como os miseráveis versos
de Lope para a grande Catarina de Médici,
amor, odor, dor, beijo na escuridão.
(os cuatro poemas pertencem a En tierra de nadie, 1981-2000)
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Página publicada em fevereiro de 2023
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